12/26/08

O essencial



Um dos maiores professores da Universidade, candidato ao Prémio Nobel da Paz, famoso em todo o mundo, chegou às margens de um lago.
Pediu ao pescador que o levasse a dar um passeio na sua barca. O homem aceitou. E quando já estavam longe das margens do lago, o sábio professor começou a interrogar o pescador:~
-Sabes História ?
-Não, História não sei.
-Então um quarto da tua vida está perdido.
E o pescador continuava a remar para passear o professor. O professor pergunta:
-Sabes Matemática ?
-Não, Matemática também não sei.
-Então dois quartos da tua vida estão perdidos.
E o pescador ia continuando a remar...
-Sabes Ciências ?
-Não, também não sei.
-Então três quartos da tua vida estão perdidos.
Já em alto mar, levantou-se uma tempestade. O barco começou a baloiçar. Um vendaval muito forte. Gritando, o pescador perguntou ao professor:
-Sabe nadar ?
-Não.
-Então, toda a sua vida está perdida.”

10/3/07

Tigela de Madeira


Um senhor de idade foi morar com o filho, a nora e com o pequeno neto de quatro anos.
As mãos do ancião eram trémulas, a visão embaciada e os passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trémulas e a visão fraca do avô atrapalhavam-no na hora de comer. As ervilhas rolavam da colher e caiam no chão. O leite derramava-se na toalha da mesa...
Por isso, o filho e a nora irritavam-se com tanta sugidade.
- Temos de tomar providências, com respeito ao meu pai – disse o filho à mulher.
E decidiram colocar uma pequena mesa num canto da cozinha, onde o “velho” comeria sozinho.
Desde que o avo quebrara dois pratos, a comida era-lhe servida numa tigela de madeira.
E, quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas nos olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas sempre que ele deixava cair um talher ou comida.
O menino assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho estava no chão, manuseando pedaços de madeira com as suas mãos pequenas. Perguntou delicadamente à criança:
- O que estás a fazer?
O menino respondeu docemente:
- Oh, estou a fazer uma tigela para o papá e a mamã comerem, quando eu crescer.
O garoto de quatro anos sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais, que eles ficaram mudos. Então as lágrimas começaram a correr nos olhos deles. Embora ninguém tivesse dito nada ambos sabiam o que deviam fazer.
Naquela noite, o pai tomou o avô pela mãos e, gentilmente, conduzi-o à mesa da família. Desde então, e até ao final dos seus dias, ele comeu comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o filho e a nora já não se importavam quando deixava cair um garfo, derramava o leite, ou sujava a toalha da mesa.

9/24/07


Numa terra bem distante estava um velho e o seu netinho sentados soleira de sua casa, aquando um viajante passa e pergunta-lhes:
- Bom dia! Ao fundo, naquela aldeia, irei encontrar boa gente?
- Sim, encontrará boa gente naquela aldeia!- respondeu o velho.
Passado algum tempo passou outro viajante que lhes perguntou:
- Bons dias! Naquela aldeia, lá ao fundo, irei encontrar gente má?
Ao que o velho respondeu:
- Sim! Naquela aldeia encontrará gente má!
O viajante segui o seu rumo. O neto, confuso, questionou o avô:
- Avô, porque é que disse que sim aos dois viajantes que perguntaram coisas tão diferentes.
- É muito simples meu netinho, – respondeu o avo rasgando um sorriso de paz - cada um encontrará aquilo que procura!

9/19/07

Um doido... Uma família...


Certo doido internado
num hospital da cidade
contou-me qual foi a causa
da sua anormalidade.

Sua História verdadeira
consternado me deixou
eis aqui exactamente
o que o louco me contou:

- Eu um dia me casei
por azar da minha vida
com uma viuva que tinha
uma filha já crescida
Meu pai que era viuvo
de minha enteada gostou
e ficou meu enteado
quando com ela casou.
Então minha enteada
é minha madrasta, agora
minha mulher, ao meu pai
é sogra e também nora
minha mulher e a filha
para cúmulo do sarilho
após tempo passado
com uma viuva que tinha
uma filha já crescida

Meu pai que era viuvo
de minha enteada gostou
e ficou meu enteado
quando com ela casou.

Então minha enteada
é minha madrasta, agora
minha mulher, ao meu pai
é sogra e também nora

minha mulher e a filha
para cúmulo do sarilho
após tempo passado
cada uma teve um filho
Minha enteada e madrasta
o seu filho, com razão
como é filho de meu pai
é meu neto e meu irmão
O filho da minha esposa
é neste caso também,
irmão da minha madrasta
e seu neto, veja bém
Minha mulher, do filho é tia
de minha madrasta sou cunhado
meu pai é tio do neto
porque é meu enteado

O meu filho é cunhado do meu pai.
que confusão...
e o filho do meu pai
é meu neto e meu irmão

depois de tanto pensar
de como a coisa ficou
eu cheguei á conclusão
que até de mim sou avô

não pude mais suportar
este caso complicado
vim parar ao hospital
completamente chalado
e o louco terminou
a sua história, e contudo
nunca deixei de pensar
no seu caso tão bicudo

depois de ouvir a história
eu cheguei a conclusão
que por coisas mais pequenas
muitos perdem a razão

9/11/07

Ensinando a (sobre)viver...

Certa vez, o Mestre e o seu Aprendiz partiram em viagem de conhecimentos. Caminharam, caminharam, caminharam... Até que, no meio de um bosque, numa chopana, encontraram um pequeno casebre. Esse casebre era muito pobre, o caminho era sem flores nem plantas, a terra muito seca, a casa feita de madeira mas já podre e cheia de frestas. Mesmo assim, o cansaço chamou bem alto e eles decidiram pedir abrigo para passar a noite.
Bateram na frágil porta e um senhor abriu-lhes a porta. Convidou-os logo a entrar. Naquela pequena e pobre casa vivia uma família muito humilde, um casal e os seus dois filhos. Partilharam com eles o seu caldo escasso em legumes e o seu pedaço de pão. Mas, contudo, eram felizes.
O Aprendiz intrigado com aquela situação perguntou:
- Peço desculpa, mas quando aqui chegámos demos-nos conta de que a vossa terra era seca e não era cultivada, como é que vocês sobrevivem?
A pobre mulher respondeu sorridente:
- Ah, sabe, nós temos, ali, atrás da casa, no curral, uma vaquinha. Dela retiramos o leite. Com ele fazemos o queijo que vamos depois, na vila, trocar por outros produtos.
O Mestre e o Aprendiz sorriram e foram dormir. Apesar de não terem uma cama para lhes oferecer, pois dormiam no chão, ofereceram-lhes o seu melhor cobertor (um pouco rasgado pelo uso, assim como as roupas de todos). De manhã, agradeceram e despediram-se da família. A mulher, antes de partirem, ainda lhes deu um pedaço de pão para a caminhada. Sorriram e partiram.
Depois de caminharem algum tempo em silêncio, o Mestre disse ao Aprendiz:
- Esta noite, voltas outra vez ao casebre e matas a vaquinha!
- Mas Mestre, não posso, aquele é o único sustento daquela família!Sem ela eles morrerão!
O Mestre fitou com aquele olhar de quem confia na sua sabedoria!
Nessa noite o Aprendiz fez o que o Mestre lhe propÔs. Chegou ao casebre, conduziu a vaquinha até ao precipício e, depois de muito hesitar, atirou-a precipíco abaixo.
Passados alguns anos, o jovem Aprendiz que fora outrora, numa das suas viagens decidiu visitar aquela família, nunca a esquecera. Quando chegou à chopana, encontrou um grande jardim florido e uma enorme casa de tijolo, toda branquinha, cheia de flores nas janelas... Pensou logo que aquela humilde família teria vendido o seu terreno para seu sustento. Mas, apesar disso decidiu bater à porta. Uma linda criança, bem vestida, calçada e com um brinquedo na mão abriu-lhe a porta. Este perguntou.lh:
- Olha, podes-me chamar os teus pais?
Ao dizer isto surge, na sua frente, um casal igualmente bem vestido que quando o viu reconheceu-o logo e este a eles. Afinal era a família de outrora! Convidaram-no logo a entrar e a conhecer a sua enorme e luxuosa casa. Quase a rebentar de curiosidade o Aprendiz perguntou:
- Mas como é que tudo isto aconteceu?
- Sabe – respondeu o homem – na noite seguinte a vocês terem partido alguém matou a nossa vaquinha, o nosso sustento. Como não podiamos ficar de braços cruzados e vermos nossa família a ser destruída pela fome, arregassámos as mangas e aprendemos, por nós próprios, a cultivar a nossa terra e a retirar dela o nosso sustento.
O Aprendiz sentiu o seu coração masi aliviado e feliz, por ter seguido o conselho do seu Mestre.

Por isso, já sabes o que fazer: descobre a tua vauinha e ... deita pelo precipício abaixo!

(Nunca pesques para alguém, antes ensina-lhe a pescar!)

9/10/07

Acreditando agindo

Depois de longos dias de viagem, um viajante chegou a um grande lago. O seu desejo era atravessá-lo, mas, para o fazer, precisava de uma barca. Olhou o céu e desejou-o fortemente.
De repente a barca apareceu com o seu barqueiro. Este convidou o viajante a entrar. O viajante entrou e reparou que nos remos havia algo escrito. Num dizia: ACREDITAR. No outro: AGIR. O viajante curioso perguntou:
- Caro barqueiro, porque é que os remos têm isso escrito?
O barqueiro sem uma palavra dizer começou a remar apenas com o remo que dizia ACREDITAR. E, como era natural, o barco apenas andou em círculos. De seguida, remou apenas com aquele que diz AGIR, o aconteceu o mesmo. Então o barqueiro remou com os dois ao mesmo tempo, e chegaram ao outro lado do lago.
E aí o barqueiro disse:
- Quando se quer alcançar um desejo não basta apenas ACREDITAR mas é necessário, ao mesmo tempo, AGIR!

7/9/07


Para pensar…e BEM!


Certo dia o Amor perguntou à Amizade:


- Afinal para que existes tu se já existo eu?

- Para repôr um sorriso onde tu deixaste um lágrima!- respondeu-lhe


Para pensar...e BEM!