4/28/07

Chorando...


“Hoje meus olhos não são olhos, são cascatas! Estão incontroláveis!”

Tantas vezes disse isso, juntamente com muitos mais comentários infelizes. Até ao dia…
Até ao dia em que alguém me disse:

“Não chores assim! E não chores por essa pessoa, ela não merece. Quem merece não te faz chorar!”

Banal, mas verdadeiro!

Agora uma proposta: Qual a pessoa que merece MESMO que nós choremos por ela?

4/23/07

Repôr as penas...



Certa vez perguntei-me se depois de ter magoado alguém, mesmo depois de ter sido perdoada, se a pessoa conseguiria MESMO apagar essa mágoa.
Então alguém me disse:

- Faz o seguinte: pega num pombo, tira uma a uma cada a pena enquanto caminhas. Depois de depenado, conseguirás apanhar as penas todas que caíram no chão?
- Todas é impossível!
- Mas algumas és capaz!
- Possivelmente!
- Mas mesmo assim será capaz de colocá-las de novo no pombo?
- Isso é MESMO impossível!
- Ou seja, para o pombo voltar a ter penas tens de o proteger para que as penas nascem saudáveis e para que não morra! O mesmo acontece com quem tu magoas, é impossível repores aquilo que retiras-te mas podes ajudar a voltar a pôr as coisas no normal!


...

4/22/07

Dúvida...


Um dia, sentada numa cadeirada confortável, mas bastante barulhenta, ouvi, de uma voz fixante, certa história que me tocou tanto que decidi partilhá-la:

Certa vez um navio de carga naufragou no mar! Toda a tripulação morreu afogada, excepto certo corajoso marinheiro.
Com os restos de madeira, cordas e tecidos que boiavam entre os cadáveres, este construiu uma jangada. Depois olhou o seu estrelado, através do seus vastos conhecimentos em astrologia traçou a rota que o iria levar a terra, e, qui ça, a casa.
Mas, a certa altura o céu encheu-se de nuvens e uma grande tempestade caiu no mar. Cansado, doente, morto de fome e sede, adormeceu. Quando acordou a tempestade amainara, mas as estrelas continuavam cobertas por nuvens.
E agora?
Será que estaria longe de terra?
Será que teria traçado o caminho certo?
Onde estava a Certeza que o invadira quando, cheio de força, refez o seu caminho?
Mas que Dúvida era esta que o preenchia?

O marinheiro caiu então em profunda solidão!
Sem saber que quando duvidamos nunca estamos sozinhos!

4/20/07

4/18/07

Pegadas...


Um dia, caminhava eu pela praia, reflectindo a minha vida, com o meu Amigo. Reparava que na areia ficavam marcados os nossos 2 pares de passos. Cada passo nosso era um passo da nossa vida.
A certa altura, reparei que só ficava um par de pegadas, e, curiosamente, nos momentos mais difíceis da minha vida. Zangada perguntei ao meu Amigo:
- Tu, que afirmas que és meu Amigo, disseste que andarias sempre a meu lado, e, agora, vejo que nem sempre foi assim e, ainda por cima, nos momentos mais difíceis.
Então o meu Amigo respondeu-me:
- Nunca te deixaria só, principalmente nos momentos mais difíceis. Quando viste apenas um par de pegadas na areia foi quando eu te peguei ao colo!

4/9/07

O que és tu?


Depois de um descanso bem merecido, vamos continuar nosso rumo!

Quantas vezes te deparas com a vida e só consegues ver problemas, atrás de dilemas, atrás de confusões… Quantas vezes vês que a vida está um caos e nada podes fazer… Quantas vezes não sabes que fazer e te deixas cair nesse abismo fundo de não ter reposta para tudo e nada conseguir fazer…
E agora te pergunto: estão três panelas ao lume, uma tem uma cenoura, outra um ovo e a última tem café em pó, todas contêm água a ferver, qual a diferença entre elas?
E com certeza me responderás: Muito fácil!Então a primeira tem uma cenoura – esta entrou dura e depois de ferver e cozer ficou mole. A segunda tem um ovo – este é o contrário da cenoura, entrou frágil e depois de cozer ficou duro. A terceira tinha pó de café que depois de ferver se foi dissolvendo na água.
E volto-te então a fazer a pergunta: E o que és tu? És a cenoura, muito forte, muito robusto mas quando os problemas batem à porta vais ficando mole, frágil, sem resistência…? Ou és o ovo, muito frágil e quando os problemas da vida aparecem tornas-te duro, frio, arrogante, calculistas…? Ou és o café, simples e puro e que com os problemas te vais envolvendo neles e vais modificando a vida tornando com outro aroma, com outra cor e mesmo com outro sabor…?

Pensa nisso…

4/2/07

Descansando



Depois do primeiro passo, depois do primeiro olhar, depois da primeira e da segunda caminha acho que é merecido um bom descanso! Descansemos...

Descansemos neste lugar, sem ter os pés no chão mas seguros de não vamos cair. Contemplando algo de agrado pacífico.

Há espaço então para recomeçar...

4/1/07

Outra caminhada!


Pronto para a próxima caminhada?
Esta é longa!!!
Mas é uma caminhada onde, ao contrário da primeira, não aprendemos por nós próprios mas por outros caminhantes.

Estão então dois amigos a fazer uma viagem bastante longa. Passados dias e dias, estavam então numa praia e os dois amigos discutem, até que um dá uma bifeteia o outro. Então, o agredido escreve na areia: O MEU AMIGO HOJE BOFETEOU-ME! Passado mais uns dias, os amigos encontravam-se numa falésia perigosa, até que o que tinha sido agredido cai da falésia ficando preso a uma rocha mas com a vida em risco, o amigo não hesita e corre a salva-lo. Depois de salvo o que fora salvo escreveu na rocha: O MEU AMIGO HOJE SALVOU-ME A VIDA! O amigo intrigado pergunta-lhe o porquê da diferença do tipo de matérias e das mensagens, até que o amigo lhe explica: “Quando me deste uma bofetada escrevia na areia para que o vento a levasse, assim acontecem com os erros que se deixam levar pelo perdão. Mas o facto de me teres salvo a vida eu vou-me lembrar sempre, por isso está cravado na rocha por nem o vento, nem o mar, nem mesmo a chuva o apagará, assim também está escrito no meu coração.”

E é assim mais uma caminhada!